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Que mundo é este?

Por Adriana Dias Corrêa, Diretora Geral STELLA Escola


Desde o início da civilização o homem teve que se adaptar para sobreviver. Hoje o mundo moderno em que vivemos se tornou um mundo vuca/vica (volátil, incerto, complexo e ambíguo) e agora, dentro de um novo conceito, bani/fani (frágil, ansioso, não linear e incompreensível), um termo torna-se uma evolução do outro. A ideia é que as dimensões exacerbadas de volatilidade geram fragilidade, as incertezas resultam em ansiedade, complexidade não traz não linearidade, enquanto que aquilo que é ambíguo se tornou mais do que isso, agora é incompreensível. De acordo com Cascio, criador da terminologia, “um paralelo intencional com vuca, bani é uma estrutura para articular as situações cada vez mais comuns nas quais a simples volatilidade ou complexidade são lentes insuficientes para entender o que está acontecendo.” Ele se torna frágil porque toda certeza de hoje pode ser uma incerteza amanhã, temos que estar preparados para o imprevisível, buscando sempre estar um passo à frente. Ansioso porque a incerteza nos causa ansiedade e nos deixa inseguros, estamos sempre pressionados a tomar decisões, com atitudes rápidas e oportunidades aproveitadas. Não linear porque grandes planejamentos podem não fazer sentido neste mundo onde tudo está em constante mudança, onde não temos controle. Incompreensível porque buscamos respostas para tudo, baseado nas inúmeras informações que recebemos, montar uma estratégia com base em dados pode não dar certo, pois o ser humano muda de ideia o tempo todo, o risco está presente em cada decisão tomada. Com isso, cada vez mais as soft skills são importantes a serem desenvolvidas, para lidar com a fragilidade precisamos de capacitação e resiliência para lidar com ansiedade, precisamos de empatia e cuidar da saúde mental. Num mundo não linear, precisamos prestar atenção ao contexto e sermos flexíveis e adaptáveis e, já que estamos em um mundo incompreensível, precisamos de transparência e intuição. Há 25 anos, a Stella Escola procura desenvolver habilidades e competências em nossos estudantes, preocupadas não só com o currículo básico, mas principalmente na formação humanística, completa e integral. Desenvolver tanto o lado racional como o emocional, razão e sensibilidade. Sabemos que a educação é a base de uma sociedade, de uma nação. Por isso, atentos a esta transformação que engloba não apenas as tecnologias, mas também a forma como nos relacionamos, aprendemos, trabalhamos e interagimos com o planeta que procuramos cada vez mais dar ênfase em habilidades sócio emocionais. Flexibilidade para lidar com a fragilidade. Num mundo frágil saber lidar com frustrações é muito importante, errar não é sinônimo de fracasso, mas sim de desenvolvimento. A ansiedade faz parte do conjunto de emoções humanas, mas ela não pode nos dominar. Para projetar soluções precisamos desenvolver empatia, comunicação e resolução de problemas desde cedo. Autonomia e protagonismo fazem o estudante curioso, questionador, com vontade de aprender e de buscar conhecimento é o que precisa ser cada vez mais motivado. Autoconhecimento e empatia para melhorar e se preparar para os desafios da sociedade. Socialização e trabalho em equipe numa proposta cada vez mais colaborativa. A lógica em um mundo não linear é tarefa difícil, mas não é impossível, acompanhar a movimentação do mundo exige observação, método científico e uma junção de competências em diversas áreas. Com ferramentas assertivas, é possível olhar dados sobre o futuro e traçar estratégias para resolver problemas. Raciocínio lógico não só é matemático, mas a lógica está conectada com o pensamento crítico, analítico com intuição e comunicação. Não existe uma única solução para uma situação desafiadora. Cada pessoa pode ter uma visão diferente que pode se somar. O principal é ponderar e escolher o que faz mais sentido para o objetivo que se quer alcançar. Precisamos lembrar que o mundo incompreensível é coletivo, que o que nos une como seres humanos é a condição que compartilhamos neste planeta. A inteligência coletiva é que nos permite sobreviver e evoluir, por isso, devemos lembrar que temos direitos e deveres.



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