O tédio é necessário para todos nós, mas como ajudar no combate ao excesso de tédio dos filhos durante o período de isolamento social? Veja como!
Devido a pandemia do coronavírus, ocorreu a suspensão temporária das aulas nas escolas de todo o país. As aulas da Escola da Inteligência, que ocorrem semanalmente nas escolas parceiras, são convites para que as crianças, adolescentes e jovens participem da mais importante viagem de suas vidas: a viagem para dentro de si.
Durante as aulas, eles aprendem a gerenciar seus medos e anseios, a confiar mais em si a se tornarem autores da própria história.
Sem as aulas, como continuar praticando tais ensinamentos com os filhos durante este período para que eles consigam superar sentimentos não saudáveis? Neste artigo, iremos abordar especificamente como ajudar com o sentimento de tédio dos filhos.
Tédio é necessário no dia a dia
Primeiramente, precisamos deixar claro que o tédio é importante na vida de qualquer pessoa desde a infância. É fundamental que nossos filhos se sintam entediados de vez em quando, principalmente no mundo de hoje, no qual eles fazem mil atividades, estão cem por cento do tempo entretidos e ocupados, por isso, não estão acostumados a ficarem parados, a sentirem tédio e esse sentimento é necessário para estimular a criatividade, para deixá-los frustrados e não se tornarem adultos mimados, exigindo tudo na toda hora que desejarem.
Como controlar o tédio durante o isolamento
Dito isso, é importante destacar que esse período de isolamento social é uma exceção, porque são muitos dias de confinamento sem previsão de término, por isso é importante estarmos atentos ao comportamento dos nossos filhos e não deixarmos que eles fiquem entediados o tempo todo.
É importante que algumas atitudes sejam tomadas para que esse sentimento de vazio – o tédio – seja sobreposto por crenças, pensamentos e sentimentos saudáveis, estruturando e fortalecendo a liderança do Eu no momento em que o pensamento não saudável surgir.
Para colaborarmos com a liderança do eu contra o tédio dos filhos, sugerimos 2 ações vitais, que são: rotina e ócio criativo.
Rotina: as paredes de uma casa
A rotina é elementar neste momento de isolamento para que o estudante fuja do tédio e aprenda valores. E, a família tem um papel fundamental no processo de aprendizagem dessa rotina.
Os hábitos e normas familiares podem ser elaborados em conjunto, todos podem refletir juntos sobre eles, como uma família bússola faz (família bússola é aquela que dá um norte, guia seus filhos para um bom caminho e está ao lado deles, mas não faz o caminho por eles).
Se queremos que as crianças, adolescentes e jovens aprendam e desenvolvam bons hábitos (organização, alimentação, descanso, higiene, estudos, convivência) a família deverá servir de exemplo e referência para eles.
A rotina diária é para as crianças o que as paredes são para uma casa, elas dão limites, fronteiras e dimensão à vida. A rotina dá uma sensação de segurança, dá um sentido de ordem do qual nasce o hábito e a liberdade.
Vivendo o ócio
Em segundo lugar, aproveite este momento de isolamento e reserve um espaço da sua rotina diária para viver o ócio – brincar, conversar, assistir filmes, jogar, praticar algum exercício em casa – com as crianças, adolescentes e jovens para expurgar deles o sentimento de tédio, influenciar positivamente nos processos cognitivos e ainda desenvolver o Eu Maduro (pessoas equilibradas, assertivas, empáticas, generosas, altruístas e confiantes).
Criando gestores da emoção
Diante de momentos de isolamento, como agora, temos a chance de conviver diariamente com o nosso Eu. Com isso, se aproveitarmos esse tempo, em vez de colaboramos para o tédio dos filhos, vamos colaborar para o desenvolvimento de adultos gestores de sua emoção.
Leandro Prates Silva
Graduado em Filosofia, Especialista em Ensino na Educação Básica, Mestrando em Filosofia e consultor educacional na Escola da Inteligência.
Fonte: Site da Escola da Inteligência
Imagem: Internet
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